sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

De uma vez por todas

O Dr Craig Wright colocou um ponto final sobre um assunto que já se tornou bastante polêmico: Afinal, é possível ou não sobrescrever um dado e depois recuperá-lo ??? A resposta é um sonoro NÃO !

A controvérsia iniciou com um fundamento em parte correto (que eu já escutei e passei adiante, admito): Um bit 1 sobrescrito sobre um bit zero não seria realmente 1, mas algo em torno de "0.95", ao passo que sobrescrito sobre um bit 1 seria "1.05". Dessa forma, seria possível recuperar o conteúdo anterior buscando essas "variações com padrão" do 1. O problema é que isso não é mais verdade. Já foi, um dia, lá atrás, quando falávamos de drives de disquete. Os HDs atuais não teriam esse tipo de característica, nem de longe.

O artigo dele é muito interessante, e coloca outros fatores e técnicas. Uma delas até faz com que a recuperação seja possível, porém demoraria tanto tempo que não seria viável economicamente (na faixa de dezenas de anos). No final do artigo, ele mostra o resultado de uma pesquisa onde vários padrões de sobrescrita foram usados, a partir de drives muito utilizados ou mesmo em drives zerados de fábrica, novinhos. O resultado é que há cerca de 0.9% de chance de se recuperar UM bit. Dois bits já faz a probabilidade cair, um byte então, nem pensar ...

Isso põe em discussão outro ponto que é dado como certo. Vale a pena mesmo perder horas fazendo um wipe com zilhões de passadas, quando apenas uma daria certo e impediria a recuperação ?

Comente !!!

Até o próximo post !

2 comentários:

SS disse...

Grande Tony.

Realmente o paper que você citou esclarece que uma só "passada" durante um processo de wipe seria mais que suficiente... a dúvida que fica no ar é: será que sabemos de tudo? Será que isto não pode ter um pouquinho de "desinformação" para o mundo todo parar de fazer wipes com métodos mais seguros? O futuro dirá.. Até lá, para dados realmente sensíveis, recomendo 8 passadas.. =)

Tony Rodrigues disse...

Grande Sandro !

Descobri q temos dois colegas em comum: Marcelo Souza e Felipe Bouças.
Eu diria que, pelo sim, pelo não, seguro morreu de velho. O problema é que, em algumas empresas, as máquinas são trocadas em "lotes" (normalmente, existe um projeto para isso). Da noite para o dia tem-se dezenas de máquinas para devolver, doar, etc, e isso significa dezenas de HDs para fazer wipe com n passadas. Na prática, isso significa briga certa com a gerência do Service Desk. Ainda mais se o cara ler esse artigo hehehe

Abração