Minha criatividade para títulos está em baixa nesta semana, como todos puderam notar ... Ainda assim, Nanni Bassetti, meu camarada de equipe do CAINE acaba de anunciar a novíssima versão do AIR, um GUI para aquisição de imagens forenses.
Criado pelo Steve Gibson há algum tempo, o AIR sempre foi uma espécie de patinho feio das interfaces para aquisição de imagens. No Helix, sempre ficou à sombra do ADEPTO, e mais recentemente, foi um mero coadjuvante no CAINE, escondido pelo GuyMager. Não que a interface não cumprisse o seu papel, mas porque os irmãos de função acabavam por o ofuscar, oferecendo algum diferencial que levava a preferência da maioria. Na versão 2.0.0, no entanto, isso pode mudar.
A grande novidade dessa versão está por conta do uso do DC3DD. Embora eu não tenha verificado, acredito que o AIR 2.0.0 seja o primeiro GUI a abrir mão do DCFLDD e utilizar o novíssimo (e muito melhor) DC3DD como base de linha de comando. Isso quer dizer que tudo que o usuário escolhe e indica na interface gráfica vira uma enorme linha de comando, fora de questão o entendimento para a grande maioria dos mortais. Essa é a beleza dos GUIs, pois transformam a linha-mostro em algo factível e com menor possibilidade de erros. Até então, os GUIs existentes (Adepto, Air, Guymager) estavam focados no dd e no dcfldd para a tarefa. Agora, o Air-patinho feio vai reagir. Os benefícios ? Procure aqui no blog mesmo pelo artigo que já escrevi sobre o dc3dd. Ele é muito mais otimizado, possui código renovado e várias opções que facilitam a vida na hora de duplicar uma mídia de maneira forense.
O uso do dc3dd não é a única melhoria dessa nova versão. O AIR traz ainda o cálculo de hash da mídia por dois algoritmos distintos. Apesar de já termos fechado a questão sobre a polêmica de MD5 servir ou não para confirmar a integridade de uma imagem forense, a tendência vai ser mesmo a de usar dois hashs distintos e tirar qualquer sombra de possibilidade de, em um futuro próximo, criarem um algoritmo para atacar esse modelo e forjar imagens adulteradas como se estivessem integras.
Além dessas novidades, o AIR conta com a possibilidade de quebrar imagens em pedaços (split image), enviá-la pela rede enquanto faz a aquisição (usando netcat) e até mesmo compactá-la usando gzip. Não é a mesma compactação que o formato EWF ou o AFF possuem, mas já é alguma coisa no sentido de gastar menos espaço. Nesse caso, para ser manipulada, a imagem precisará ser descompactada. Já ia me esquecendo: o log dele é bem detalhado e contém detalhes sobre a sessão de aquisição, muito importante para copiarmos para o relatório final, laudo ou parecer técnico.
Abaixo, algumas telas do novo AIR:
Compartilhe conosco suas experiências com o AIR. Comente !
Até o próximo post !
2 comentários:
Hi Tony,
thanks for your review...but can you write the web site? :-P
http://air-imager.sourceforge.net/
DC3DD and iflag=direct can manage better the "bad cluster" errors.
Done !
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