Já falei brevemente sobre essa que é a mais nova distro brasileira em Live CD para Forense, comentando sobre alguns detalhes que li sobre a ferramenta. Agora é hora de passar as primeiras impressões, depois de alguns testes.
O boot tem opção de ir direto para o modo texto, o que pode facilitar aos mais avançados (e mais apressados também). Mesmo com a opção de boot pelo modo gráfico, achei a carga bem mais rápida que outras versões por aí.
Ele está baseado no Ubuntu, com kernel 2.6.28-15. O Gnome está na versão 2.26.1 e, como diferencial nessa parte gráfica, há um charmoso menu USP com tradução total para o português tupiniquim, o que vai facilitar muita gente. O teclado veio configurado corretamente para o meu US International. Não tenho aqui o ABNT2 para testar, e esse é o grande problema quando se fala em teclado, pois a maioria tem dificuldades com ele. Ainda assim, a exemplo do que a turma do CAINE implementou, há um atalho no desktop que permite a troca de teclado rapidamente.
O menu do PeriBr me impressionou positivamente. Há praticamente uma entrada para cada utilitário forense instalado. Mesmo se linha de comando, o menu abre uma tela com as options do utilitário, e em algumas vezes, abre também a página man. Além disso, um terminal root fica a disposição para que o comando escolhido seja digitado. A disposição do menu, além de separar por grupo de funcionalidades, também fornece um "tip" indicando o que a ferramenta faz. Isso é fantástico, já que não há Mb de cérebro que resista a quantidade de ferramentas que temos hoje na Computação Forense.
As melhores e mais conhecidas ferramentas estão presentes. Desde os xxxdeep, para hash, até o ssdeep, que nem todos os live cds trazem, temos Ophcrack, Wireshark, Guymager, dc3dd GUI e outros. Há vários utilitários para cada tarefa. Um ou outro está faltando nessa boa lista, incluindo o exiftool e alguma ferramenta para atividade de browser que não o IE. Falando em browser, o Firefox está a todo vapor, turbinando alguns dos melhores pacotes integrados disponíveis em Open Source: o Pyflag. Tudo bem que, para usá-lo bem, o live cd precisará ser instalado, mas isso vem sendo algo comum. Interessante que, na época do Helix baseado em Knoppix, era considerado sacrilégio instalá-lo ... Novos tempos ...
No melhor estilo dos comerciais das organizações Tabajara, podemos ainda dizer "Mas não é só isso !" ... Porque, além do Pyflag, a turma que construiu o PeriBr nos trouxe o PTK, o novíssimo browser/interface para o TSK. É o Icing on the cake ...
Pontos Positivos:
* Ferramentas em abundância;
* Menus em PT-BR;
* Política de montagem de volumes em coerência com as proteções de software forense;
* Pyflag e PTK, mesmo exigindo instalação.
Pontos Negativos:
* Versão 1.0 ... Isso chega a ser um fantasma. Será que o projeto vai romper a barreira e continuar ?
* Falta um site adequado, como no projeto do CAINE ou do DEFT;
* Roadmap divulgado. Isso pode ser um luxo para a versão 1.0, mas já seria uma boa forma de tranquilizar os usuários, dando mostras de que o projeto vai continuar;
* Ausência de suporte a ferramentas Python, ao RegRipper e o Volatility.
Espero que esse novo produto rompa com a barreira do 1.0 e vire um trabalho muito além de um trabalho de fim de curso. Toda a comunidade vai agradecer imensamente !
Comentários ?
Até o próximo post !
2 comentários:
Agradeço por nos deixar artigos de ótima qualidade e informações valiosas em seu Blog. Antonio B Duarte Jr. - Diretor do Curso de Analista de Suporte Técnico da Arth Informática.
Obrigado pelas palavras, Antonio !
Abraços,
Tony
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